(eterna)
do teu amor
sobe-me as pernas
como um cão abandonado.
Suplicas (sem pensar):
devora-me.
derruba-me.
a sombra
- tão,
(e sempre¨)
agarrada, ao desenho desse teu corpo feito tigre
Morres os olhos
e agarras-me a carne:
é esta coisa canibal entre nós
que nos constrói os dias.
Esta coisa tão vermelha,
tão quente e
agora
tão
ausente.
Para sempre? - perguntas.
Desde sempre. - respondo.
por (entre) linhas
o meu peito é o deserto
onde a tua flor se cansou de morrer.