Em silêncio,
descobri
a gota sombria
na boca que me devorava
as mãos.
Descobri a seiva lenta;
o vazio a fazer-se por dentro
da noite inclinada,
e o tempo
a crescer a vontade
de calar os dedos.
Páro, -
dormente
e do avesso,
encosto o ouvido
ao doloroso mundo:
- nada mais resta
(nem sequer a saudade).
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