Acordo.
As
pernas demasiado reais,
doentes,
como unhas a rasgarem a carne dos lençóis.
Ao
meu redor, as garrafas vazias sangram
corpos
abandonados.
Ouço
a minha respiração.
Ouço.
A
minha respiração.
Tivesse
eu um peito e animais a crescerem-me por dentro
um
tigre,
uma
hiena
uma
águia de bico afiado
para
comer esta alma encolhida,
estas
plantas mortas
e todos os vasos
apagadosFátima Abreu Ferreira, Esposende, Setembro de 2016 |
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