Os olhos pendiam como lágrimas
e a luz que entrava chegava para definir o rosto do silêncio.
Alguém muito escuro, cheio de dentes feridos
e pregos ao peito
deitava-se
e sabia:
na sombra dos frutos maduros
a saliva transforma-se em cinza,
tudo enlouquece
e as facas aprendem a solene arte de aparar a tristeza dos pulsos.
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