O movimento giratório
das luas em baixo da minha janela
deslocam o gesto hábil
com que te afasto a substância.
Tudo é reflexo, agora;
tudo é débil:
o teu rosto pela metade,
os meus olhos desfocados.
Demasiado tecto,
pouco corpo.
Conjugas a boca
como um verbo no futuro
e ignoras o eco que me nasce
como única hipótese de entendimento.
Amanhã,
olhar-me-ei ao espelho
e nada em mim
conseguirà principiar-te.
(título de Luís Quintais)
Sem comentários:
Enviar um comentário