O teu quarto.
A tua cama.
A luz que nos dói os corpos exaustos
de sentirem a vida na carne dos outros:
as mãos nuas,
as costas enquanto areia,
e as tuas coxas:
__________ rios violentos
que suplicam pelos meus dentes,
e a eternidade nos teus braços
a pedir forma.
Há o quarto.
O teu quarto.
A tua cama.
Essa tua doce forma
de te abrires em flor
ao desejo da minha boca.
De novo,
a febre:
______ a tua boca de veludo, eternamente aberta
(ao meu nome)
e o amor,
puro como o ar,
como o céu dos teus olhos.
Estás aqui comigo?
- perguntas -
o rio revolto,
o fogo a crescer,
a violência invisível do mundo que começa
quando nos esquecemos de ler nas entrelinhas.
Sim - respondo.
____________________________
e a vida, acontece-me,
longe
das
tuas
coxas,
do azul dos teus olhos.
No quarto
(o teu quarto)
perco a sofreguidão
das tuas águas.
Sem comentários:
Enviar um comentário