à carne das minhas palavras.
Não há melancolia.
Apenas o silêncio,
incendiando as portas
- sangrentas -
dos nossos olhos.
Juntos,
atravessamos os espíritos da cidade.
A pele
aprendendo a salvação
na loucura da garganta;
as línguas
acordando como facas iluminadas.
Somos o Poema.
A loucura fundamental do sangue.
À nossa volta,
tudo se distancia.
Tudo procura o frio da cegueira,
a morte das estrelas.
Só nós,
pesados de fogo e vísceras,
carregamos qualquer coisa eterna.
Límpida.
Serena.
Larry Fink |
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