Os dedos.
As mãos movendo-se
por entre as nascentes dos ossos.
Dentro da chuva,
a palavra suplica uma tempestade,
queimadura branca
árdua,
ofegante raíz
na minha garganta.
Lembro-me
(ao longe)
de que sei respirar e
acendo as sombras;
ponho-me a inventar línguas
no desespero
- absoluto -
de ensinar à minha boca
um novo poema.
Daido Moriyama |
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