o Homem arde as escadas,
fôlego a fôlego.
Os ombros pesam-lhe,
rasgam-se pelas costuras
com o peso da gangrena.
Está dentro
dentro da carne,
exposto à cegueira do mundo.
A vida veio e partiu.
Os esgotos encheram-se com os seus ossos,
e nas veias,
apenas os suicídios lhe cumprem
a luz dos candeeiros envelhecidos.
Nada mais resta.
Nada mais respira.
Apenas os pés,
cheios de raiva e murmúrios
fazem doer a morte
de baixo para cima.
Um navio cego,
numa floresta negra.
e,
de repente,
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