Levava os dedos como raízes ao peito,
pintando uma primavera a céu aberto.
Da camisa caíam-lhe os exorcismos
e a inesperada beleza do gesso
onde os olhos choravam vísceras.
Suspendia o tempo em fios de arame
para guardar um lugar sozinho,
e todas as flores da terra
pareciam crescer
um pouco à sombra do seu sorriso.
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