É preciso a morte de todas as sombras;
a asfixia dos gemidos tristes.
Enfiar o punho na profunda garganta negra
e arrancar essa lânguida violência.
É preciso cantar;
longamente cantar, como dizia o poeta;
sussurrar as asas de uma ave marítima
como o fio de prumo de uma vida.
Depois,
é preciso o silêncio.
Abrir os punhos, e
deixar escorrer o sangue,
essa coisa feita música vermelha,
feita céu
feita estrelas
feita esperança
(ou Universo).
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