Com o tempo, as bocas tornaram-se coisas vagas. Abstractas. Duas línguas sem saberem dançar. E quando ela se sentava em frente à janela, ele punha uma memória de vinil na ponta da agulha. Calavam-se. Profundamente. Mas nenhum ouvia a música. Lá fora chovia e os beijos molhavam-se até às sarjetas.
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