sábado, 30 de abril de 2016

Dos dias em que os teus lábios eram as linhas que separavam o céu da terra.

Chamar-te-ei,
e o teu nome será igual à distância.
Estarás por dentro do silêncio:
com a língua a guardar-te os restos dos sonhos,

Nas minhas mãos,
apenas a longa memória dos teus dedos
corromperá o vazio que escavaste
e me recordará dos dias
em que os teus lábios
eram as linhas que separavam o céu da terra.



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